if that’s all it is, my friends, so let’s keep dancing!

olha, eu não vou escrever um texto hiper motivacional sobre como é importantíssimo manter-se positivo em meio às aflições da vida. primeiro, porque todos os sites de comportamento já estão aí pra isso e não tenho exatamente muito tempo pra perder falando o que todo mundo já diz. segundo, porque ninguém nasceu sabendo tirar leite de pedra, mas a gente se esforça pra isso todo dia.

dito isso, sabemos: pensamento positivo é importante. ponto.

agora, vamos lá, como podemos filtrar coisas boas de uma coisa tão ruim quanto dias ruins? falo assim, no plural e como uma coisa só, porque um dia ruim vez ou outra todo mundo tem. a barra pesa e a batata esquenta quando são vários. quando uma noite após a outra não resolve. quando dá dor de cabeça de raiva. de nervoso. quando você se olha no espelho e fala: que merda. tô um porre.

eu tive uma sequência de dias péssimos nas últimas semanas. com esses dias péssimos, aprendi algumas coisas.

a primeira cabe em meio tweet:

SAP: “você nem sempre pode ser forte, mas você sempre pode ser corajoso”, que é um trecho de doctor who.

depois, descobri que sou emocionalmente instável quando estou brava. nunca soube disso. sempre fui bem bravinha e intolerante com determinadas situações, mas nunca tinha notado como isso afeta todas as minhas relações. ao mesmo tempo em que quero colo, abraço e tapinha nas costas, não suporto o olhar de “ô, judiação…”. o que sobra?

também aprendi que stress não resolve problema. fiquei extremamente estressada, irritada, esbravejei aos quatro cantos toda a minha raiva, escrevi vinte e oito páginas de diário (que, se eu ainda escrevesse com a cor baseada no meu humor, estariam todas em vermelho-ódio) e… o problema continuou lá, intacto, pronto pra me dizer: que cena, hein.

não adianta.

nos dias péssimos, aprendi uma coisa maravilhosa: nunca deixe de ouvir música. ela faz maravilhas. james brown, freddie mercury e fernando anitelli operam milagres cerebrais se forem usados na medida certa.

os dias ruins fazem a gente acreditar que tudo é uma grande bola de decepções e que as coisas vão continuar dando errado, para sempre. e aí você precisa olhar pra vida e falar: MAS NÃO MESMO!

minha forma de fazer isso, hoje, foi dançando i feel good, do james brown, em público, no meio do bar, tomando uma cerveja depois do trabalho.

não resolveu nenhum dos meus problemas. nenhunzinho, nem diminuiu a dose.

mas pelo menos eu dancei.


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