caio é meu autor preferido. acho que nasci amando, mas não tenho certeza. sei que nasci pronta pra escrever e a vida se encarregou de colocar um livro dele nas minhas mãos pra garantir a inspiração. virginiano, completaria mais um ano de vida no último dia doze de setembro. caio me desperta coisas. caio fala de encantos súbitos sobre pés, fala de borboletas, alecrim, hortelã, janelas, dragões e doçura. caio sempre fala de doçura. em dias, caio me dá vontade de sair andando, resolver problemas, escalar montanhas, atravessar pontes, salvar o mundo, abrir a geladeira e sorrir pro pote de manteiga e pra garrafa de água, porque a vida é como é e ponto. em outros dias, lê-lo me faz explodir em mim e causa erupções dos sentimentos mais diversos, pecaminosos, dolosos, dolorosos e profundos que alguém é capaz de sentir. caio faria aniversário no último dia doze e esqueci. talvez tenha sido por isso que hoje, quando decidi que precisava sentir coisas e torci pra que ele me despertasse vontade de sorrir pros problemas irremediáveis, foi logo esse o texto que caiu no meu colo. fala de ana cristina, outra escritora incrível que costurou palavras lindas em palavras horríveis e quase criou uma canção. tenho quase certeza que, se bem tentado, um beijo que parece um blues vira um som lindo de se ouvir. ele fala de ana cristina e ana cristina subiu escadas como uma diva antes de escolher seu grand finale aos 30 e poucos. pelo menos não dá pra reclamar de inércia. a vida é como é.
sobre caio fernando abreu
[escrito em 19 de setembro de 2017, sobre esse texto: http://caiofcaio.blogspot.com.br/2011/06/por-aquelas-escadas-subiu-feito-uma.html]
by
Tags:
Deixe um comentário