terminei de ler “o ano que morri em nova york” essa semana. uma avalanche de informações e sentimentos tomaram conta de mim desde o início dessa história: eu sou sempre a cafona que insiste em falar de amor. milly, então, por deus. o marcinho perde de lavada. o amor é tão bonito, quando bem vivido. e tão sofrido em todo o resto do tempo. os dois extremos convivem muito bem nessa história. história da milly, aliás. que escancarou as portas da frente da própria casa e revirou as gavetas pra falar sobre o que (quase) ninguém sabe e/ou quer falar. falar de amor. de traição. traição da cabeça pra dentro e pra onde isso vai levando a gente. traição dos próprios instintos. do que se sente. do que se é. falou de quando a gente só vai. de quando ir faz a gente descobrir um mundo. doido. novo. terminei de ler “o ano que morri em nova york” e esse foi um daqueles livros que me fizeram rir & chorar & perder: o ponto pra descer, a hora de dormir e a certeza do quê fazer. quem tem certeza? eu não tenho. de quase nada. tinha de mais coisas. mas aí eu li milly. li um monte de milly. e quando eu fechei o livro, descobri que milly tá vivíssima. nessa história, com esse tanto de vida, e risco, e dor, e amor, e perda, e ganho, e mais um pouco de risco, e suor, e muito muito mato, e verdades absolutas ditas por ninguém; quando eu li essa história, quando eu li tudo isso e acordei às quatro e meia pra escrever no dia seguinte, eu quase morri de novo quando descobri que quem tinha morrido tinha sido eu. que doido. já dizia vinicius. morrer e continuar vivendo. delícia. ele disse. eu morri. e tô viva.
milly lacombe e quem morreu hoje
by
Tags:
Deixe um comentário